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domingo, 27 de junho de 2010



DEUS ME LIVRE ME ALISTAR

Um jovem que recebeu a notícia de que iria para o
Exército, procurava uma maneira de não servir.
Então pensou no que iria fazer para que não fosse chamado ao exército.
Depois de muitas horas, cheqou a conclusão que iria decepar as duas mãos, só assim não poderia pegar ele para servir ao exército. Foi até a linha do trem colocou as duas mãos no trilho e esperou o trem, quando o trem chegou bem pertinho ele colocou a mão no rosto e disse, ai não quero nem ver.

AOS NOSSOS IRMÃOS DA MARINHA.......UMA RAPIDINHA

Serviço militar

Joaquim decidiu prestar o serviço militar obrigatório na marinha. Ao chegar ao quartel, apresentou-se e o sargento começou a entrevistá-lo:

- Sabes nadar?

- Por quê? Não têm mais navios?


MAIS UM POUCO DE COMÉDIA.......


A mãe

O coronel-comandante recebeu a notícia da morte da mãe de um de seus soldados e chamou o sargento Joaquim.

- Tenente, acabei de receber a notícia da morte da mãe do soldado Silva. Quero que você dê a notícia a ele. Mas dê a notícia com jeito, com cuidado porque ele é um rapaz muito sensível. Conto com você, tenente.

- Deixe comigo, Coronel.

O tenente mandou reunir a tropa e, quando estavam todos em forma, vociferou:

- QUEM TEM MÃE MORTA DÁ UM PASSO À FRENTE!

Ninguém se moveu e o oficial voltou a vociferar:

- SOLDADO SILVA: QUINZE DIAS DE XADREZ PORQUE DESOBEDECEU AS MINHAS ORDENS!

PRA DESCONTRAIR!!!!!!!!!! APESAR DE SER VERDADE.......HEHEHEHE




O Oficial e o Sargento


Havia certa vez um homem navegando com seu balão, por um lugar desconhecido. Ele estava completamente perdido, e quão grande foi sua surpresa quando encontrou uma pessoa...

Ao reduzir um pouco a altitude do balão, em uma distância de 10m aproximadamente, ele gritou p/ a pessoa:

- Hei, você aí, aonde eu estou???

E então o jovem respondeu:
- Você está num balão a 10 m de altura!!!

Então o homem fez outra pergunta:
- Você é sargento, não é???

O rapaz respondeu:
- Sim...puxa! Como o senhor adivinhou?

E o homem:
- É simples, Você me deu uma resposta tecnicamente correta, mas que não me serve para nada...

Então o Sargento pergunta:
- O senhor é um oficial, não é???

E o homem: -
- Sou...Como você adivinhou???

E o rapaz:
- Simples: o senhor está completamente perdido, não sabe fazer nada e ainda quer colocar a culpa no sargento...

sábado, 19 de junho de 2010



RISG
CAPÍTULO II
DA PARTE DE DOENTE, DO TRATAMENTO DE SAÚDE E DA INCAPACIDADE PARA
O SERVIÇO DO EXÉRCITO

Seção I
Da Parte de Doente
Art. 418. O militar que por motivo de doença não puder comparecer ao quartel deve dar parte
de doente à autoridade a que estiver subordinado, exceto nos casos de absoluto impedimento
ou quando a constatação da doença for feita por meio de exame realizado por médico militar.
§ 1º A parte de doente pode ser escrita ou verbal e transmitida por qualquer meio de
comunicação.
§ 2º Recebida a parte de doente ou constatada a necessidade de afastamento do militar do
serviço, por motivo de saúde, a autoridade competente providencia para que ele seja
examinado pelo médico da unidade ou por outro médico militar.
§ 3º Ao médico cabe informar sobre o estado de saúde do doente e a duração provável de seu
impedimento, bem como propor a prescrição necessária conforme o art. 269 deste
Regulamento, salvo se a parte do doente já vier instruída com parecer de médico militar, ou a
constatação tiver sido realizada por esse último.
§ 4º Os pareceres sobre o estado de saúde, exarados por outros médicos, mesmo militares, são
submetidos à homologação do médico da OM.
§ 5º O militar considerado em condições para o desempenho de suas atividades retorna ao
serviço imediatamente.
§ 6º O militar considerado com restrições para o desempenho de suas atividades retorna ao
serviço onde atua, se aprovado pelo Cmt U, de acordo com as prescrições médicas.

Eu estive nessa situação de entregar parte do doente, tanto escrita quanto por telefone e esse artigo do RISG não valeu de nada.Repetino o segundo parágrafo desse artigo: "Recebida a parte de doente ou constatada a necessidade de afastamento do militar do serviço, por motivo de saúde, a autoridade competente providencia para que ele seja examinado pelo médico da unidade ou por outro médico militar."
Por várias vezes liguei para o quartel onde servia solicitando que um médico pudesse me analisar, ou que me levassem ao hospital já que estava sem condições de ir por meios próprios e sempre recebi a mesma RESPOSTA: "NÃO TEMOS VIATURA DISPONÍVEL E VOCÊ JÁ ESTÁ LIBERADO PELA JUNTA!" E sabem o que aconteceu? Depois de seis dias nessa situação, recebi em casa uma NOTIFICAÇÃO DE DESERTOR! SE EM 24 HORAS NÃO ME APRESENTASSE NO QUARTEL SERIA UM DESERTOR DO FANTÁSTICO EXÉRCITO BRASILEIRO, CRIMINOSO POR ESTAR SEM UM OLHO, COM O OUTRO COM PONTOS ESQUECIDOS DEPOIS DA RETIRADA NA POMPA , AGUARDANDO LAUDO MÉDICO ESPECIALIZADO DO OFTALMOLOGISTA!
QUAL ERA MEU MOTIVO PARA NÃO IR TRABALHAR????
Segundo meus superiores e alguns Suboficiais e Sargentos puxa sacos que tem em todo quartel eu só poderia estar envolvido com drogas, traficantes ou coisas do tipo, onde já se viu, perder um olho aos 24 anos de idade não é nada! Como dizia o Subcomandante do meu batalhão: "Eu ainda tinha outro olho, isso não era motivo pra eu dar problema".
O primeiro exame que o médico do batalhão me pediu foi um TOXICOLÓGICO, claro, se esse exame acusasse alguma coisa eles já teriam a justificativa pros meus problemas. Claro que o exame não deu nada, daí me mandaram fazer exame na PINEL, por que já que eu não era drogado só podia estar louco. Nada novamente! Sem motivos aparentes pra me mandarem embora fui excluído sob as alegações de não haver mais interesse do exército e as várias punições que me deram, todas baseadas no RDE e rebatidas por HABEAS CORPUS a meu favor.
E AGORA? O QUE VÃO ALEGAR?


quarta-feira, 16 de junho de 2010

MÉDICOS MILITARES OU MILITARES MÉDICOS?????



A maior dúvida que ficou na minha cabeça depois de tudo que passei por conta de meu problema médico foi se os médicos que trabalham pelo exército se formam primeiro em medicina ou se formam primeiro como oficiais do exército? Será que o juramento feito ao final da faculdade não é mais importante que o juramento feito ao exército?
Eu sei que não dá pra generalizar, mas pelo menos os médicos que trataram da minha visão, tirando um médico civil que é funcionário da POMPA (Policlínica Militar de Porto Alegre) todos foram miliares antes de serem médicos.
E o mais engraçado é que o médico civil, que foi o primeiro a me atender logo após minha alta, que me deu quinze dias de dispensa me colocando sob seus cuidados ainda teve que ver essa sua dispensa negada sob a alegação de que ele não era um MÉDICO MILITAR! Absurdo né, tudo isso porque ele não teria que baixar a cabeça nem me dar alta a mando de um comandante ou de um capitão qualquer que desse a ordem. Como se acharam no direito de negar o ATESTADO MÉDICO que eu havia apresentado, menos de uma semana após minha cirurgia, com muitos pontos no olho e dores de cabeça intermináveis me buscaram em casa e me encaminharam novamente a um médico, MILITAR, dessa vez que me deu sete dias de dispensa, até o dia em que passasse pela junta.
Sete dias depois eu estava na junta e recebi 45 dias de dispensa domiciliar até a realização de novos exames e novo diagnóstico. Ao fim desses 45 dias eu passei novamente pela junta que solicitou um LAUDO MÉDICO ESPECIALIZADO, até aí tudo bem né!? Como eu ainda sentia muitas dores de cabeça, nesses 45 dias procurei atendimento médico várias vezes e só recebia uma resposta dos tão famosos MÉDICOS MILITARES:
"Eu havia perdido um olho e tinha que me acostumar com as dores de cabeça até minha outra visão se adaptar!"
Conclusão, em 45 dias eu estava APTO COM RECOMENDAÇÕES para o serviço do exército. Recomendações essas que seriam dadas, segundo o Major chefe da junta, pelo Comandante do meu quartel que de médico e oftalmologista não tem nada.
E o pedido de LAUDO MÉDICO ESPECIALIZADO?
Pra que serviu, se mesmo sem a opnião de um especialista eles já haviam exarado uma decisão?
Sei que é difícil de acreditar, mas é tudo VERDADE....
Pra piorar tudo a conclusão de meu laudo especializado, que tenho certeza que foi influenciado pelos meus chefes do quartel que já não aguentavam mais não poder me prender por eu estar à disposição da Junta, foi que eu realmente estava apto e minhas dores eram simplesmente pelo fato de ainda não ter me acostumado com a visão MONOCULAR.

POR UM TEMPO TAMBÉM ACREDITEI NISSO, VOLTEI A TRABALHAR, FUI PRESO, FUI ASSALTADO, FUI DEMITIDO E POR QUASE UM ANO EVITEI SAIR DE CASA, CONTINUEI TENDO DORES INSUPORTÁVEIS, ENTREI EM DEPRESSÃO CHEGANDO A TOMAR REMÉDIOS E FAZER TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO E SÓ DEPOIS DESCOBRI EM UMA CONSULTA PARTICULAR QUE MEUS PAIS E MINHA ESPOSA INSISTIRAM QU EU FOSSE QUE MINHAS DORES INTERMINÁVEIS SE DAVAM PELO FATO DE APÓS TODO ESSE TEMPO E TANTAS CONSULTAS COM OS MÉDICOS MILITARE EU AINDA ESTAVA COM OS PONTOS CORNEANOS DADOS NA CIRURGIA E QUE DEVERIAM TER SIDO TIRADOS 60 DIAS DEPOIS. E O PIOR É QUE EU FUI NA POMPA PRA TIRAR OS PONTOS E ME DISSERAM QUE JÁ TINHAM RETIRADO.
COMO CONFIAR EM MÉDICOS ASSIM?
MÉDICOS QUE ME DISSERAM QUE MINHA RETINA DESCOLADA NÃO TINHA MAIS JEITO E QUASE UM ANO DEPOIS EU DESCOBRI QUE ATÉ SEIS MESES APÓS UM TRAUMA OCULAR ONDE OCORRE DESCOLAMENTO DE RETINA EXISTEM MÉTODOS QUE PODEM COLAR NOVAMENTE ESSA RETINA! COMO CONFIAR?

ELES PRECISAM SE LEBRAR: PRIMEIRO MÉDICOS DEPOIS MILITARES E NÃO O CONTRÁRIO!



FUSEX.......OBRIGADOS A PAGAR! POR QUE?



FUSEX, nosso fantástico plano de saúde.
Primeiramente somos obrigados a pagá-lo e não temos como nos desvincular. E, pelo menos no meu caso, quando mais precisei tive a ajuda NEGLIGENCIADA, sim essa é a palavra certa;
Negligência Para o Direito (Art. 18, C. Penal)

Do latim negligência (de neglegera), nada mais é que a falta de diligência, implica desleixo, preguiça, ausência de reflexão necessária, caracterizando-se também pela inação, indolência, inércia e passividade.

É a omissão aos deveres que as circunstâncias exigem.

"uma forma de conduta humana que se caracteriza pela realização do tipo descrito em uma lei penal, através da lesão a um dever de cuidado, objetivamente necessário para proteger o bem jurídico e onde a culpabilidade do agente se assenta no fato de não haver ele evitado a realização do tipo, apesar de capaz e em condições de fazê-lo".

Assim, pode se configurar a negligência: abandono de doente, omissão de tratamento, esquecimento de corpo estranho em cirurgia, etc.

Como sofri meu acidente em casa, minha esposa não dirigia à época e moro bem distante do quartel, minha esposa solicitou a ajuda do SAMU que me atendeu e me encaminhou ao Hospital de Pronto Socorro onde fui prontamente atendido por um médico que disse que meu caso realmente era muito grave e que o melhor tratamento que eu poderia ter seria no Hospital do Banco de Olhos, especializado em traumas oculares.
Como minha esposa já havia informado ao médico que eu tinha o plano de saúde do FUSEX ele entrou e contato com o HBO e confirmou o convênio.
Em todo o meu acidente, a única coisa que necessitaria do FUSEX/HGePA (Hospital Geral de Porto Alegre) seria uma ambulância pra me levar do HPS ao HBO, onde eu teria quem sabe a chance de recuperar um percentual mesmo que pequeno de minha visão, ajuda esta que em contato telefônico feito pela minha esposa com o HGePA foi negado.
ISSO MESMO, A AMBULÂNCIA PARA ME TRANSFERIR DO HPS AO HBO FOI NEGADA PELO OFICIAL RESPONSÁVEL NA NOITE SOB A ALEGAÇÃO DE QUE EU ME MACHUQUEI EM CASA E COMO FOI O SAMU QUEM ME LEVOU AO HPS ELES ERAM RESPONSÁVEIS POR ME LEVAR AO HBO.
MILITAR DIOTURNAMENTE UMA OVA!

Com isso não fui levado ao HBO já que a SAMU não faz transporte entre hospitais e passei 8 dias internado no HPS, sendo visitado por alguém do quartel apenas dois dias depois de operado.
Talvez esse oficial estivesse muito ocupado nessa noite para negar o auxílio a um militar que há cinco anos contribuiu com o FUSEX, militar de carreira que passou a noite a base de morfina e com sua mulher grávida de quatro meses sentada em uma cadeirade ferro dentro de um hospital público e sem o auxílio de absolutamente ninguém.
Mas aposto que seu fosse a mulher de um general ou de um oficial superior que estivesse passando mal o tratamento seria totalmente diferenciado, já que é isto que ocorre todos os dias. Mulheres de Comandantes utilizam viaturas até pra pagar contar pessoais, e para os PRAÇAS nem ambulância tem.
ATÉ QUANDO?


FAMÍLIA MILITAR? QUER SABER QUE TIPO DE FAMÍLIA É ESSA?
UMA FAMÍLIA QUE DESAMPARA SEUS PRÓPRIOS FILHOS!

MILITAR DIOTURNAMENTE......SERÁ?



Uma das primeiras expressões, que escutamos ao entrar em uma escola de formação ou até mesmo os recrutas em seu primeiro ano de serviço obrigatório, é a seguinte:
"ESQUEÇAM A VIDA CIVIL PORQUE AGORA OS SENHORES SÃO MILITARES DIOTURNAMENTE!"
MENTIRA PURA
A verdade é que essa frase deveria ser dita assim:
"ESQUEÇAM A VIDA CIVIL PORQUE AGORA, PARA FINS DE PUNIÇÕES, OS SENHORES SÃO MILLITARES DIOTURNAMENTE!"
Como tudo que conto e que vou contar, para exemplificar tenho histórias verídicas e que em sua maioria eu fui protagonista aqui vai uma delas.
Sofri um acidente no dia 2 de julho de 2009 em minha residência por volta de umas dez horas da noite, onde ao tentar abrir uma porta "sanfonada" uma de minhas mãos escapou e meu dedo atingiu violentamente meu olho esquerdo me deixando cego.
De acordo com a frase que escutei no primeiro dia em que entrei no CFS (Curso de Formação de Sargentos) eu deveria estar amparado já que sou militar DIOTURNAMENTE não acham?
Que nada. Não foi considerado um acidente de serviço, fato esse que modifica toda uma situação já que você não estava TRABALHANDO.
Isto prova que não somos militares dioturnamente né?!
Uma outra história que exponho agora prova como em outras situações (para sermos punidos) somos considerados militares mesmo não estando em serviço.
No meu primeiro ano como sargento, me lembro muito bem que logo que cheguei ao meu batalhão, dois sargentos da minha companhia se envolveram em uma briga em uma casa noturna e tiveram que se explicar ao Capitão (TODO PODEROSO) ,comandante de companhia, e tomaram as famosas FATD´s estando passéveis de punição.
Ou seja, se um deles estivesse em casa e se acidentasse não seria considerado militar. Mas como o caso era pra punir o PRAÇA, os dois, apesar de estarem fora do expediente ,foram considerados como militares.
A verdade é que somos militares quando convém aos nossos superiores, mas quando precisamos somos civis.
Absurdo? isso não é nada ainda......
muitas histórias ainda virão......





domingo, 13 de junho de 2010

Constituição x RDE


Muito se ouve falar que as leis de nosso país estão ultrapassadas e que nossa Constituição Federal é muito antiga, datada de 1988. Nosso RDE (Regulamento Disciplinar do Exército) é de 1980 e não é uma lei, mas apenas um Decreto.
A Constituição Republicana vigente, entretanto, é expressa ao estatuir que "ninguém será preso senão em flagrante delito, ou por ordem expressa e fundamentada de autoridade JUDICIÁRIA competente, salvo nos CASOS de trangressão militar ou crime propriamente militar, DEFINIDOS EM LEI" (artigo 5, LXI). A utilização do plural em definidos deixa claro, a toda evidência, o propósito do legislador constituinte em estabelecer a necessidade de lei delimitando as hipóteses não apenas de crime, mas também de trangressão militar.
Mas não é nenhum pouco raro ouvir falar dentro de um quartel que certo soldado, cabo ou sargento foi punido e preso por descumprimento de ordem, e pior ainda e INFELIZMENTE, até hoje ainda ouvimos e vemos militares serem presos por PRONTA INTERVENÇÃO sem terem cometido nenhum crime definido em lei e sem chance de se defender. Ou melhor, até tem a chance de se defender, depois que ele sair da prisão ele pode se defender e quem vai julgar esse recurso é a mesma pessoa que o puniu, ou seja, chance zero de uma udança de opnião. E mesmo que tivesse uma chance e seu recurso fosse aceito.
O que seria feito?
Como seria devolvido o tempo que esse militar ficou preso?
E o constrangimento de ser preso?
Ser levado à cadeia na frente de seus superiores, pares e até subordinado?
Ter seus cadarços retirados, seus pertences confiscados e receber sua refeição pelo buraco de uma grade?
Ter seu direito de ir e vir restringido?
Não poder voltar pra casa, pra sua esposa e seus filhos?
Contar pra seus pais e amigos que foi preso?
Conseguir se esquecer que passou um dia que seja em uma cela sem ter cometido nenhum crime?
Talvez algumas pessoas achem que tenham resposta pra essa pergunta, mas por EXPERIÊNCIA PRÓPRIA, de quem foi PRESO (ATÉ POR PRONTA INTERVENÇÃO) sem ter cometido nenhum crime e por me fazer todas essas dentre outras perguntas eu posso dizer: ESSAS PERGUNTAS NÃO TÊM RESPOSTA!!!!!!
Pode parecer absurdo, mas trancreverei agora uma parte do RDE e darei um exemplo de como seria seguí-lo a rigor, o que segundo nossos comandantes (em sua maioria velhos com cabeças de ditadores e nem um poco aberto às mudanças que ocorrem no mundo e que adorarim que voltassem os ANOS DE CHUMBO):
"Art. 9º As ordens devem ser prontamente cumpridas.
§ 1º Cabe ao militar a inteira responsabilidade pelas ordens que der e pelas conseqüências que
delas advierem.
§ 2º Cabe ao subordinado, ao receber uma ordem, solicitar os esclarecimentos necessários ao
seu total entendimento e compreensão.
§ 3º Quando a ordem contrariar preceito regulamentar ou legal, o executante poderá solicitar a
sua confirmação por escrito, cumprindo à autoridade que a emitiu atender à solicitação.
§ 4º Cabe ao executante, que exorbitou no cumprimento de ordem recebida, a responsabilidade
pelos excessos e abusos que tenha cometido."
Agora vejam a seguinte situação:
" O Capitão Fulano de tal dá ao Sargento Ciclano a seguinte ordem:
- Sargento, ordeno que o senhor mate o Soldado 06 e jogue seu corpo no rio!
Com certeza uma ordem absurda que o Sgt não cumprirá e pedirá ao Cap a ordem por escrito. O Cap, convicto de sua idéia, escreve a ordem e a assina.
AGORA O GRANDE DESFECHO, SÃO ESSAS AS OPCÕES DO SGT:
1) Cumprir o regulamento e matar o Sd 06, nesse caso ele será preso, processado e com certeza condenado por homicídio doloso e talvez passar o resto da vida na cadeia ou;
2) Não cumprir a ordem dada pelo Cap e COM CERTEZA absoluta, receber uma FATD (Ficha de Apuração de Transgressao Disciplinar) para responder o porque do descumprimento de ordem, justificativa essa que seria avaliada pelo Cap que deu a ordem (caso esse fosse seu comandante de Cia) e por esse mesmo militar ele seria punido de acordo com o tão falho RDE.
Um exemplo grotesco mas que de certa forma serve para mostrar os absurdos aos quais somos submetidos todos os dias.
Então, como um militar de carreira, concursado e que já fui preso (por PRONTA INTERVENÇÃO e também pelos PROCESSOS ADMINISTRATIVOS que não nos dão direito ao AMPLO E CONTRADITÓRIO) deixo aqui a mensagem de que não sejamos mais passivos com relação aos abusos que vemos, dentro de uma instituição que só perde para a Igreja em credibilidade no nosso país, e apesar do fato de não podermos fazer greve, temos todos os direitos de um cidadão comum e não precisamos nos calar.





sábado, 12 de junho de 2010

Começo esse blog pedindo uma reflexão sobre a imagem abaixo!!!!



A todos os militares, principalmente praças, que sabem que é assim que é a vida dentro do quartel. Os quartéis se tornaram ilhas onde a Constituição não é respeitada, onde militares são presos por pronta intervenção ou muitas vezes apenas por motivos de perseguição de seus superiores. Os militares aprendem e são obrigados a obedecer os regulamentos internos que contrariam, quase em sua maioria, a Constituição Federal. Os direitos de cidadão não são respeitados, parece que nascemos militares e depois nos tornamos cidadãos, sendo que é o CONTRÁRIO, muito antes de sermos militares, temos direitos e deveres de cidadãos. Por enquanto deixo essa imagem acima como reflexão a todos, por que é isso que acontece no interior de nossas Organizações Militares e quase ninguém sabe. Comandantes que agem como Senhores donos de escravos e donos de um local onde eles fazem as regras, são advogados, juízes, promotores, médicos e senhores da verdade.
Aos poucos contarei nesse blog histórias verídicas que comprovam tudo que estou dizendo nessa pequena introdução.