Páginas

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

E O PRAÇA QUANDO SE APOSENTA GANHA QUATRO SOLDOS!!!!!!!!!!IMPRESSIONANTE NÉ......



naum tem q tirar conclusão nenhuma naum.
tá insatisfeito? toma uma atitude poha!
naum vai tomar uma atitude? entaum fica engolindo essas derrotas aí calado.
quer continuar deixando os outros decidirem sua vida? vá VOCÊ decidí-la.
==============================
=====================================================



Bom dia,

Tirem as próprias conclusões.

REPASSANDO..............


O DOU do dia 2 de dezembro de 2010 publica a reforma, por incapacidade física, do Gen CATÃO.

Segue anexa a folha do DOU que publica tal ato, que também segue abaixo transcrito.

PORTARIA Nº 1.696 - DGP/DCIPAS/REFM, DE 1º DE DEZEMBRO DE 2010
O CHEFE DO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL, no uso da competência que lhe foi subdelegada pela Portaria nº 727, do Comandante do Exército, de 8 de outubro de 2007, e de acordo com os incisos II do art. 106 e V do art. 108 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, resolve:
REFORMAR, o General-de-Exército da Reserva Remunerada (010197671-0) RUI ALVES CATÃO, a contar de 3 de setembro de 2010, sem alterar os proventos da inatividade, por ter sido julgado "Incapaz definitivamente para o serviço do Exército. É inválido. Não necessita de cuidados permanentes de enfermagem".

Gen Ex LÚCIO MÁRIO DE BARROS GÓES

FONTE: DOU Nº 231, sexta-feira, 3 de dezembro de 2010, Seção 2 , folha 9

DÚVIDAS:

- Como não vai alterar os vencimentos?!? Se foi julgado inválido tem a isenção do IR?!!! SÓ DE IMPOSTO DE RENDA SÃO +- R$ 8.000,00 A MAIS POR MES NO CONTRA CHEQUE

- E o seguro do FAM; CAPEMI; GBOEX?!? CADA UM EM PELO MENOS R$ 250.000,00
- E a quitação de financiamento imobiliário (LEMBRA AQUELE ESQUEMA DOS APARTAMENTO CONSTRUIDOS PELO FAM/POUPEX EM BRASILIA...POIS É)
Huuuuuummmmmmm.......

Dá pra fazer mais um pouquinho de HHHHHHHUUUUUUUUMMMMM

GEN CATÃO NÃO É O PRIMEIRO.....SÃO VÁRIOS OUTROS...LEMBRAM-SE DO GEN GUILHERME (TOQUINHO DA MALDADE), FEZ A MESMA COISA... NÃO SEI SE SABIAM MAS NEM NA JUNTA MEDICA ELES VÃO..... TUDO POR TELEFONE OU PELO CORDINHA.

UMA VERGONHA

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CARTA DE UM COMPANHEIRO DE BRASÍLIA!!!!! Em breve postarei os anexos com as relações dos militares que não saem de BRASÍLIA




No nosso cotidiano o que mais vemos é acontecer o inverso do que está sendo pregado pelos nossos chefes. Para ver a credibilidade (LEALDADE), basta fazer uma vistoria nas instalações de água do RCG aqui de Brasília, e comparar o consumo de água com que é gasto para manter em perfeitas condições os campos de pólo daquele quartel, se formos lá veremos que os enormes campos de pólo estão nas mais perfeitas condições (muito verde) e com essa seca aqui em Brasília, será que é um milagre aquela grama verdinha assim?????. Quem dúvida do que estou falando acione a companhia de água e mande fazer uma averiguação, será que conseguirão entrar no RCG? (GATO NA ÁGUA É CRIME), mas para agradar os diversos Generais que utilizam o campo de pólo, vale tudo, até gato na água. Para nós que moramos pouco mais de 3 anos aqui no planalto central, isso é uma vergonha.

- credibilidade:

a) falta credibilidade nos processos de movimentação: onde vemos que somente nas demais Gu do país, diversos militares foram movimentados sem haver interesse do militar e os militares de Brasília, pertencem a outro exército? Onde está a credibilidade? Ou a credibilidade são as “ASAS DOS GENERAIS” Existe uma diretriz para movimentação? Ou será que na DCEM funciona o R QUERO, no ano passado diversos militares foram movimentados “a força” e este ano quem não pediu não sai? Até agora só os praças estão movimentados a revelia, o Gen que está hoje a frente do DGP, decide o que quer e não o que é melhor para força, interesses particulares estão a frente (moeda de troca), (troca troca de favores) porque o Cel quer sair Gen, o Gen Bda quer sair Gen Div e o Gen Div quer sair Gen Ex e o Gen Ex quer um cargo político, diversos são os bilhetes que sabemos que chegam na DCEM, com pedidos diversos e também sabemos que a ordem é atender, assim um Gen fica bem com o outro e o Exército como fica? E a credibilidade existe? Existe sim, sabem para quem? Para o civil, porque o Exército está preocupado com a imagem da força, para o público externo, o exército é uma perfeição, tudo regulamentado, só quem está de fora para acreditar. Existe uma frase escrita na página principal do DGP que é a seguinte: PROPORCIONAR SATISFAÇÃO AO PESSOAL, seria mais coerente trocar PESSOAL para GENERAL, para provar que não existe credibilidade podem observar que na página do DGP não vemos mais a relação dos militares com a data de apresentação, ou seja tudo para facilitar os diversos pedidos não regulamentares de movimentação (AS PEIXADAS), ASSIM FICA MAIS DIFICIL PLOTAR AS PILANTRAGENS.

b) na conceituação vemos a total falta de credibilidade, porque se fosse um processo leal, o avaliador de imediato chamaria o militar e colocaria a par da situação, lhe falando onde ele está falhando para que o militar pudesse corrigir os procedimentos que não estavam em acordo com que a “Força Terrestre” necessita. O que vemos é o militar ser conceituado e nunca saber no que ele está falhando e o avaliador não ter a hombridade de chamar o militar e orientar ou seja, onde está a credibilidade da avaliação.

c) na pontuação das CPS e CPO, neste processo vemos que faltam diversos valores morais, onde o militar é “PUNIDO’ e não recebe a razão de defesa, nas diversas fichas que a CPO ou CPS recebe, constam diversos itens, do tipo já foi punido, entrou na justiça, tem alguma observação do Cmt OM entre outras, tanta é a deslealdade que o militar nunca fica sabendo porque foi mal pontuado. Porque se fosse um processo transparente sairia publicado a pontuação do militar em três colunas, que seriam Pontos da ficha, Pontos da média no posto e pontos da CPO ou CPS e uma coluna com o total, onde está a credibilidade deste processo, se fosse um processo transparente com certeza o militar teria acesso as informações.

d) na fila de espera de PNR na Guarnição de Brasília, em qualquer lugar do mundo quando entramos em uma fila sabemos quem está a nossa frente e aqui na fila do nosso “GLORIOSO EXÉRCITO” é o único lugar que não vemos que está em nossa frente, entra e sai gente em nossa frente e não sabemos o que está acontecendo, mais uma vez conversando com um militar da PMB ele me disse que a fila não fica disponível porque se tiver que entrar algum “PEIXE” na frente todo mundo fica sabendo e aí, da problema. Onde está a credibilidade do nosso Exército, Na fila do PNR só ficamos sabendo qual é a nossa posição e essa posição vai para frente ou para traz e não tomamos conhecimento do porque disso. Em outras guarnições quando estamos na fila de PNR, sabemos quem é o 1º, até a nossa posição e aqui em Brasília, será diferente? Porque, será que já fomos contaminados pelos maus costumes praticados pelos nossos politicos?

e) na própria Diretriz do Cmt Ex vemos que ele fala em credibilidade, profissionalismo e dos valores que cultua, e que vimos acima é tudo ao contrario, como podemos confiar em nossos chefes?

f) na Diretriz do Ch DGP: ele fala em lisura na gestão dos processos, será que está acontecendo isso no nosso DGP, onde vemos diversos militares reclamando que não conseguem marcam consulta, mas para nossos Generais isso acontece? Onde diversos militares são movimentados sem se quer terem optado para essas guarnições. Onde uns não conseguem se quer uma movimentação e outros são movimentados várias vezes, onde um militar é voluntário para tiro de guerra e não consegue ir, enquanto outro vai pela 2ª vez, podemos ver credibilidade nisso? Onde vemos militares Forças Especiais em uma Diretoria onde não estão aplicando seu conhecimentos, em uma função administrativa, onde qualquer outro militar poderia estar desempenhando esta função, quando vemos na diretriz do Ch DGP que fala em colocar o homem certo na função certa. Como eu falei o papel aceita tudo, no papel todo mundo coloca tudo, mas quero ver cumprir o que está no papel. O exército ta preocupado em manter sua imagem diante da sociedade, com suas formaturas pomposas e coquetéis e jantares maravilhosos.

g) Conhecemos diversos militares entre Of e Sgt que trabalham da DCEM, onde em diversas oportunidades nos contam o que acontece dentro da DCEM, onde Chefes de seções simplesmente deixam de cumprir as diretrizes do Diretor de Movimentação, esses chefes de seções não seguem a linha de pensamento do Gen (Dir Mov) e o que é mais impressiona é coragem de fazer comentários negativos sobre a decisão do Diretor, o Gen simplesmente está sendo traído, vejam alguns comentários e seus autores (Maj FORTES – Ch Sec Praça: depois de bem assessorado pelos seus auxiliares que a ordem do Gen é não movimentar quem não é voluntário, ele ignora seus auxiliares e realiza o processo de movimentação, movimentando diversos St/Sgt sem se quer serem consultados, ignorando a ordem do Gen, como podemos ver na relação anexa dos militares que foram movimentados a revelia. Outro procedimento deste mesmo Ch é colocar no Adt da DCEM, uma legenda com o seguinte teor ”MOVIMENTADO POR ORDEM DO DIRETOR DA DCEM” (Adt 3D de 18 Ago 2010) mesmo depois de assessorado pelos seus auxiliares, que este procedimento poderia colocar o Gen Dir Mov em uma situação desconfortável, e veja o que este Maj falou “O GEN NÃO LE NADA QUE ASSINA, SÓ NÃO PODE COLOCAR MEU NOME”). (Maj SILVA VIEIRA – Ch Sec Of: segundo um companheiro no começo deste ano ele falou a mesma coisa que o Maj FORTES, este ano mudou e o novo Diretor de Movimentação não lê nada que assina, ficou mais fácil, mas temos que ter cuidado) – (Cel EVANDRO – Ch de outra Sec, não tenho certeza de qual: comentário semelhante ao do Maj SILVA VIEIRA, mas com outras palavras – o modo de trabalhar do Gen é diferente do Gen Ilídio, Gen Ilídio conferia tudo sem muita politicagem, este ano mudou), vejam bem tudo isso nós ficamos sabendo em churrasco de final de semana, e essas coisas não deveriam serem ditas aos subordinados das seções, que eles até pensassem assim, mas não é ético estar comentando as atitudes do Gen. Como poderemos confiar em CHEFES como esses, se não são leais aos próprios chefes. Quem duvidar disso que aqui foi relatado, os companheiros que nos passaram estas informações tem gravado as palavras ditas pelos Chefes acima. Em breve estaremos enviando por email a prova disso que estamos relatando, tudo está gravado. Também sabemos que na DCEM existe uma relação com mais de 400 (quatrocentos) pedidos de movimentações (Of, St/Sgt, QE, etc), pedidos que falamos são os apadrinhamentos, nada legal e quem controla essa relação nada mais é o CEL ARRAIS, que está a 18 anos em Brasília, porque será que ele está a tanto em Brasília e não foi movimentado, será um sortudo ou um privilegiado???? Com certeza conseguiremos uma cópia dessa relação e divulgaremos para todos. Quando cheguei aqui em Brasília a mais ou menos uns três anos, imagina que aqui o nosso exército funciona de acordo com nossos regulamentos, não é nada disso e o ano passado pude acompanhar as movimentações que ocorreram, mas como era de se esperar, só aqui em Brasília não foi feito uma movimentação em massa e com isso foram transferidos centenas de militares para Brasília e até agora estão em suas OM de origem e sem saberem quando seguirão para capital federal ou se conseguirão, tendo em vista que as diversas movimentações que já estão ocorrendo, como Gab, GSI, Gu Esp, todas terão prioridade para ocupação de PNR em Brasília, que planejamento bem pensado, onde estão nossos Generais??????

Como pudemos acompanhar no ano passado, diversos companheiros nossos correram atrás de seus Generais para não serem movimentados, inclusive diversos companheiros bem amigos meus, mas nem por serem meus amigos, não justo esse tratamento.

Trecho da Diretriz do Cmt Exército

“A nossa gente, composta de civis e militares da ativa e da reserva, identifica-se com a sociedade e empresta credibilidade à Força, em função do profissionalismo e dos valores que cultua. Essa nossa gente é e continuará a ser o nosso maior patrimônio.”

General-de-Exército Enzo Martins Peri

Comandante do Exército

Trecho da Diretriz do Ch DGP

DIRETRIZ DO CHEFE DO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL

( Período 2010 / 2011 )

..........................................................................................................................................................................

Tem como premissa básica o compromisso com a absoluta prioridade conferida pela Diretriz Geral do Comandante do Exército aos recursos humanos, com a qualidade e a lisura na gestão dos processos e dos sistemas administrativos e com a constante evolução da Tecnologia da Informação em apoio às atividades do Departamento.

..........................................................................................................................................................................

atuar proativamente na avaliação e na gestão dos recursos alocados ao Departamento, garantindo a continuidade da imagem de confiança e de responsabilidade do Exército;

..........................................................................................................................................................................

constituir-se no principal vetor na contínua melhoria do processo de atendimento médico-hospitalar à família militar, com foco na satisfação do “cliente” (militares, servidores civis, pensionistas e dependentes);

..........................................................................................................................................................................

em ligação com a DCEM, realizar estudos no sentido de aperfeiçoar os processos de seleção de militares para a realização de cursos de identificação e de classificação/nomeação dos militares designados para Gabinetes de Identificação Regional e Postos de Identificação, assim como a nomeação de Delegados de Serviço Militar e Instrutores de Tiro de Guerra.

..........................................................................................................................................................................

aprimorar os processos de controle e de distribuição de efetivos do Exército, aperfeiçoando o Sistema de Movimentações com o emprego dos recursos de Tecnologia da Informação e buscando compatibilizar as movimentações com os interesses pessoais, visando colocar o “homem certo na função certa”.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

COISAS DA CASERNA!!!!!


Certo dia, em um Quartel do Exército Brasileiro, um recém nascido foi
encontrado no portão principal, pelo sentinela, durante a troca da guarda.
O Soldado o levou até o Cabo da Guarda, que informou o Cmt da
Guarda, que repassou ao Adjunto e este informou o Oficial de
Dia, que repassou o problema ao SCmt, que informou o Comandante.
Este mandou nomear um Sindicante em Boletim Interno, com a
seguinte finalidade:
- descobrir se o recém-nascido é produto interno da Unidade, já
que aqui trabalham homens e mulheres; e
- se algum militar está envolvido no assunto.

Depois de algum tempo, foi publicado a seguinte conclusão:

Depois de 4 semanas de investigação, concluímos que o bebê não
foi produzido no quartel, pelos seguintes motivos:
- neste Quartel nunca foi feito nada com prazer ou com amor;
- jamais duas pessoas colaboraram intimamente entre si;
- aqui nunca foi feito nada que tivesse pé nem cabeça; e
- neste Quartel jamais foi feita alguma coisa que ficasse pronta
em 9 meses.

Os interessados tomem conhecimento e providências, se houver. Publique-se e
Arquive-se.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PARECE PIADA MAS NÃO É!!!!!



OS DOZE MANDAMENTOS DOS MÉDICOS MILITARES!

1. Se você não sabe o que o paciente tem, dê Voltaren;
2. Se você não entende o que viu, dê Benzetacil;
3. Apertou a barriga e fez "ahhnnn", dê Buscopan;
4. Caiu e passou mal, dê Gardenal;
5. Tá com uma dor bem grandona, dê Dipirona;
6. Se você não sabe o que é bom, dê Decadron;
7. Vomitou tudo que ingeriu, dê Plasil;
8. A pressão subiu? Dê Captopril;
9. Se a pressão deu mais uma grande subida, dê Furosemida;
10. Chegou morrendo de choro, ponha no soro;
11. Arritmia doidona, dê Amiodarona; e
12. Pelo não, pelo sim, dê Rocefin.

P.S.: Se nada der certo, não tem neurose: diga que é só uma virose.

COMO TUDO É MAIS FÁCIL LÁ EM CIMA NÉ!!!!




Um grupo de generais reuniu-se, há duas semanas, em Brasília, para discutir um tema sigiloso. Nada a ver com eventuais ameaças à segurança nacional. Estavam ali para tratar de negócios privados. Mais especificamente da construção de apartamentos de luxo no recém- criado Setor Habitacional Noroeste, um dos bairros mais caros do País. Ali, qualquer empreendimento não sai por menos de R$ 10 mil o metro quadrado, média mais alta do que a de bairros ricos, como os Jardins, em São Paulo. Mas esses oficiais pagarão pelos imóveis a metade do preço de mercado. Contarão com financiamento em condições privilegiadas e ainda poderão faturar alto com a venda dos apartamentos por mais que o dobro do valor de compra – segundo projeções do próprio mercado imobiliário. Um negócio para camaradas.
Quem está à frente do projeto é um general reformado, o presidente da Fundação Habitacional do Exército (FHE), Clóvis Burmann, que ocupa há 14 anos o cargo. A transação está gerando polêmica nas Forças Armadas, principalmente pelo sigilo com que vem sendo tratada. “Qualquer investimento deve ser debatido em assembleia convocada em diário oficial, o que não ocorreu. Ninguém sabia desse edifício no Noroeste”, reclama o presidente da Cooperativa Habitacional dos Militares das Forças Armadas (Coohamfa), Tiago Pereira da Silva.

De fato, apenas alguns generais de quatro estrelas foram convidados por Burmann para “investir” no projeto. Fontes militares confirmaram à ISTOÉ que foi fechada uma lista de 48 nomes, dentre os quais estariam militares de alta patente da reserva e, principalmente, da ativa. O comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, foi um dos convidados a integrar o seleto grupo de investidores e, de acordo com a assessoria de imprensa da FAB, o brigadeiro está analisando o projeto e pretende adquirir uma unidade. A FHE, no entanto, não informa quem são os outros militares que, como Saito, estão prestes a fechar o negócio.

“Não podemos dizer quem são os investidores porque o projeto ainda não foi lançado oficialmente”, alega o diretor de crédito imobiliário da Poupex (Associação de Poupança e Empréstimo), José de Castro Neves Soares. A Poupex, segundo Soares, é uma instituição financeira de crédito imobiliário, “que capta recursos de poupança junto ao público em geral e é gerida pela Fundação Habitacional do Exército”. O presidente da Poupex é o mesmo general reformado Clóvis Burmann, da FHE. Ele não vê conflito de interesses no caso.

O prédio da FHE no Noroeste terá seis andares, conforme o padrão brasiliense, e apartamentos de 120 a 180 metros de área útil, com acabamento de primeira, lazer integrado e “tecnologia ecológica”, como aquecimento solar, reaproveitamento de água e pré-tratamento de esgoto. Em uma das reuniões dos militares que entraram no negócio, um oficial chegou a sugerir a construção de uma piscina olímpica no condomínio. Mas foi dissuadido pelo arquiteto, que, para não encarecer o projeto, sugeriu uma piscina mais modesta, com 25 metros de extensão. O preço dos apartamentos do futuro edifício, que ganhou o apelido de “paraíso dos generais”, deve girar em torno dos R$ 5 mil o metro quadrado. “Nosso preço é mais baixo porque não incluímos a margem de lucro do incorporador”, afirma Soares. A explicação, no entanto, não convence o presidente da Associação do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi), Adalberto Valadão. “Ninguém consegue comprar, construir e vender um imóvel no Noroeste a R$ 5 mil o metro quadrado. Não conheço a situação da Poupex, mas acho que tem coisa aí”, diz Valadão. Só o terreno em que será erguido o empreendimento custou R$ 11 milhões.

Para o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Marinus Marsico, é preciso saber se o imóvel está sendo subsidiado com recursos públicos. De acordo com a Lei 6.855 de 1980, a Fundação Habitacional do Exército é abastecida com recursos do Orçamento da União e contribuições de militares. “Se os recursos públicos estão sendo repassados para a fundação e de alguma forma concorreram para a construção desse imóvel com preço abaixo do mercado, pode ficar caracterizada remuneração indireta”, diz o procurador. Já o presidente da Coohamfa considera o privilégio dado aos oficiais “imoral e ilegal”. “A lei que rege a Fundação Habitacional do Exército é clara. Os programas habitacionais devem priorizar os militares de baixa renda. Mas nunca sai nada”, afirma Tiago Pereira da Silva. O diretor da Poupex, por sua parte, diz que em Brasília a FHE não dispõe de imóveis para baixa renda, mas alega que está construindo apartamentos para a classe média num terreno próximo à cidade-satélite de Águas Claras. O empreendimento é feito em parceria com a construtora Paulo Octavio e terá apartamentos com preços entre R$ 300 mil e R$ 700 mil.

Fonte: ISTOÉ